1 PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS
Direção – Edmar Nunes de Medeiros;
Orientadora Educacional – Rosimar Ramos da Mota (Coordenadora do projeto);
Orientadora Educacional – Linei Mara Machado ;
Assistente de Educação – Silvana Martins Gonçalves Faísca;
Assistente Técnico Pedagógico – Katirene Colonetti;
Assistente Técnico Pedagógico – Patrícia Nunes Porto;
Administradora Escolar Pedagógico – Lucilene Possamai.
2 TÍTULO DO PROJETO: Recuperando o aprendizado da leitura e da escrita
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL: Possibilitar aos alunos de 2ª a 4ª série a recuperação de aprendizagem para o desenvolvimento da linguagem escrita.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Ao final do ano letivo a criança deverá ser capaz de: reconhecer as relações estabelecidas (biunívocas e cruzadas) entre grafema e fonema; atribuir significados para as palavras e pequenos textos; ler e escrever palavras, frases e pequenos textos.
4 METODOLOGIA
Dominar a leitura e a escrita é uma necessidade, sobretudo para sobreviver e exercer a cidadania numa sociedade crescentemente letrada. É papel da escola possibilitar o acesso ao falar e escrever da norma padrão culta, respeitando as for-mas de falar do grupo social o qual a criança pertence. Desenvolver a lingua-gem escrita é possibilitar ao aluno a faculdade de comunicar por registros a sua vi-são de mundo e de realidade.
Na alfabetização é necessário uma metodologia que compreenda signos icô-nicos (imagem, fotografias, figuras, desenhos) a fim de facilitar a construção de sig-nificados. As atividades de aprendizagem da leitura e da escrita devem levar em conta o contexto dos alunos e as formas de linguagem com as quais estabelecem experiências e os recursos disponíveis.
Para que uma criança desenvolva a linguagem escrita é necessário favorecer situações propícias de aprendizagem. No processo de apropriação da linguagem escrita o professor assume o papel de mediador. No contato com os alunos é preci-so fomentar situações de comunicação, de interação que estimularão o interesse para aprender a ler e a escrever. O ponto de partida é o contexto da criança associado ao uso de metodologia que integre o lúdico. Atividades baseadas nessa concepção metodológica favorecem o exercício da expressão lógica do pensamento por meio da fala e consequentemente a habilidade de leitura e escrita. Para crian-ça aprender a escrever é necessário que aquilo que está sendo ensinado tenha significado, pois embora possa ser uma exímia falante, isso não garante o sucesso na aprendizagem da linguagem escrita.
É no processo de alfabetização que a criança toma consciência de que as palavras são compostas de fonemas e passa representar a fala através das letras (grafemas). Cada criança apresenta especificidades quanto ao tempo e ritmo no domínio das regras de correspondência entre grafema e fonemas para posterior-mente assimilar as regras ortográficas. Na alfabetização ensinamos a criança a converter os símbolos da fala nos símbolos de escrita.
A alfabetização da criança deve partir de pequenos textos relacionados ao contexto da criança, sejam eles elaborados pelos alunos, ou de diversos gêneros e modalidades de relevância para a criança, levados pelo professor. Mesmo que inici-almente o professor seja o escriba. Esse texto deverá focar uma palavra-chave, (nome de animais, inclusive desconhecidos pela criança) direcionando-a para o estudo das sílabas e das letras, por meio de atividades de aprendizagem que possibilitem a associação de grafemas e fonemas, estabelecendo significados. A alfabetização se dá numa perspectiva metodológica que parte da leitura e escrita do texto para menor unidade letra e som e vice e versa.
6 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Diagnóstico para avaliar o nível de desenvolvimento da leitura e da escrita e organi-zação dos grupos de recuperação; reunião com os pais dos alunos encaminhados a recuperação para conversar sobre a situação de cada criança e seu papel no acom-panhamento da vida escolar; reunião com os profissionais envolvidos no projeto de recuperação dos alunos a fim de discutir concepções metodológicas de alfabetiza-ção e a articulação com o trabalho desenvolvido em sala de aula pelo professor; rea-lização de dois encontros semanais, com duração de duas horas para desenvolver as atividades de alfabetização durante o ano letivo de 2010; seleção de textos e ati-vidades que facilitassem o aprendizado leitura e da escrita; pesquisa na internet; elaboração de materiais didáticos; o uso de softwares com jogos de letramento; ati-vidades escritas diversificadas.
A implementação do projeto “ Recuperando o Aprendizado da Leitura e da Escrita” foi fundamental para o desempenho do aluno em sala de aula. O diagnóstico realizado no início do ano letivo com os alunos da 2ª, 3 ª e 4 ª série de-monstrou apenas habilidades motoras e a identificação de algumas letras em caixa alta, nível que corresponde ao desenvolvimento da criança que está na fase inicial da escrita. A recuperação do aluno no contra-turno, por profissionais qualificados para a alfabetização, possibilitou um atendimento dentro de um grupo menor (3 a 5 alunos), com atividades planejadas para atender as dificuldades específicas. A cada encontro, pode-se constatar o avanço no processo de aprendizagem, ou seja, na associação entre grafemas e fonemas, com compreensão e atribuição de significa-dos, na escrita e leitura de palavras, frases e pequenos textos.
5 COMENTÁRIOS:
A recuperação de aprendizagem está estabelecida na Lei de Diretrizes e Ba-ses da Educação, 9.394/96 em seu artigo 12 e 13, como um dever da escola e do e do professor. O artigo 24 da mesma lei também destaca que é necessário oferecer novas oportunidades de aprendizagem. Além do professor, a presença dos especia-listas, dos assistentes técnicos de educação e de outros profissionais na escola se justifica para garantir a aprendizagem de todos.
Toda criança é capaz de aprender. A recuperação, o acompanhamento da a-prendizagem não é um favor da escola ou do professor: é um direito do aluno. A escola deve fazer a recuperação não para cumprir uma formalidade legal, mas como a expressão de seu compromisso com a aprendizagem de todos. É preciso reconhe-cer que a apropriação do conhecimento pelo sujeito não se “ de primeira vez”, mas por aproximações sucessivas e num processo de interação. Aquilo que o aluno não captou numa abordagem inicial poderá fazê-lo numa outra; há necessidade deste tempo de espera. Recuperar a aprendizagem trata-se de conceber e organizar situ-ações que possam favorecer a efetiva construção do conhecimento, é procurar ou-tras formas de abordagem, ou seja, outras metodologias. É trabalhar a partir de on-de o aluno está no processo, respeitando seu ritmo, suas experiências de vida, ade-quando os conteúdos e métodos aos seus estágios de desenvolvimento.
Além do atendimento em sala de aula, é necessário criar mecanismos para atender o aluno em suas necessidades no processo, a fim de que não seja promovi-do à série seguinte, com conhecimentos incompatíveis a esse nível de ensino por conta da legislação.
Algumas Fotos: